Eu que nem imaginava....
Eu nem imaginava
Tenho banhado minha alma neste mês de maio. Mesmo com considerável sacrifício de minha visão apoucada, tenho lido bastante. A Feira do Livro, o aniversário de Santa Maria, o advento de minhas tímidas e primeiras incursões pelo Facebook, tudo somado aos dias típicos deste outono ameno e seco, me têm trazido uma torrente de emulações boas e saudáveis. Não o espírito mesquinho da competitividade, mas como um invite de viver, solidário e fraterno.
A idade fez de mim um ermitão, um misantropo distante do calor das pessoas. Mantenho apenas essa comunicação que faço com os leitores através das minhas crônicas. Mas essa viagem é feita praticamente só de ida, pois os retornos são escassos. Não sei por que tipo de milagre, ultimamente, tenho recebido manifestações de simpatia. Sou desavezado a elogios e a exposições públicas. Sou tímido, mesmo que isso possa surpreender as pessoas. Até pelo telefone sou um péssimo interlocutor. Nunca tive qualquer pendor pela comunicação oral. Sou de preto no branco. Sou escriba. Sou letrista e tenho predileção pela palavra grafada, e pela melodia do fraseado.
Por que faço essas confissões públicas? Porque as feiras de livros e o Facebook me têm revelado tantos talentos literários novos, que eu nem imaginava existirem. É uma nova e brilhante geração de intelectuais que está aí, brotando as mais promissoras vergônteas literárias. São pessoas que ainda não se atreviam a vencer as barreiras da timidez e as peias da autocrítica exagerada. São promessas que recém se firmam sobre as próprias pernas para essa infinda caminhada pelo mundão das letras.
Como é bom isso! O Facebook, nos últimos dias, me traz, por exemplo, a revelação da sensibilidade e da beleza dos versos de Angelise Fagundes, que eu nem sabia existir. São poeminhas pequenos, poemetos, no sentido de sua curta extensão vocabular, mas de grande profundidade lírica, poética, de criatividade, enxugados até a essência dos versos. Guardem o nome dessa poeta que não sei se é ainda uma jovem ou uma senhora em pleno sazonamento da vida. Qualquer que seja a sua cronografia, seu versejar é de gente grande!
A propósito, certa vez uma pessoa cumprimentou Mário Quintana com perigosa e temerária expressão:
– Parabéns, gostei muito do seu poeminha!
– Obrigado pela sua opiniãozinha...
Tenho medo de usar diminutivos sobre as obras alheias.
A idade fez de mim um ermitão, um misantropo distante do calor das pessoas. Mantenho apenas essa comunicação que faço com os leitores através das minhas crônicas. Mas essa viagem é feita praticamente só de ida, pois os retornos são escassos. Não sei por que tipo de milagre, ultimamente, tenho recebido manifestações de simpatia. Sou desavezado a elogios e a exposições públicas. Sou tímido, mesmo que isso possa surpreender as pessoas. Até pelo telefone sou um péssimo interlocutor. Nunca tive qualquer pendor pela comunicação oral. Sou de preto no branco. Sou escriba. Sou letrista e tenho predileção pela palavra grafada, e pela melodia do fraseado.
Por que faço essas confissões públicas? Porque as feiras de livros e o Facebook me têm revelado tantos talentos literários novos, que eu nem imaginava existirem. É uma nova e brilhante geração de intelectuais que está aí, brotando as mais promissoras vergônteas literárias. São pessoas que ainda não se atreviam a vencer as barreiras da timidez e as peias da autocrítica exagerada. São promessas que recém se firmam sobre as próprias pernas para essa infinda caminhada pelo mundão das letras.
Como é bom isso! O Facebook, nos últimos dias, me traz, por exemplo, a revelação da sensibilidade e da beleza dos versos de Angelise Fagundes, que eu nem sabia existir. São poeminhas pequenos, poemetos, no sentido de sua curta extensão vocabular, mas de grande profundidade lírica, poética, de criatividade, enxugados até a essência dos versos. Guardem o nome dessa poeta que não sei se é ainda uma jovem ou uma senhora em pleno sazonamento da vida. Qualquer que seja a sua cronografia, seu versejar é de gente grande!
A propósito, certa vez uma pessoa cumprimentou Mário Quintana com perigosa e temerária expressão:
– Parabéns, gostei muito do seu poeminha!
– Obrigado pela sua opiniãozinha...
Tenho medo de usar diminutivos sobre as obras alheias.
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