Sin palabras

Com o tempo, nosso ouvido, nossos olhos, nossas emoções vão sendo aguçados ou perdendo a sensibilidade diante do mundo. Há dias venho pensando no poder que as palavras exercem sobre nós. O quanto nos moldamos diante delas. 

Rubem Alves, uma de minhas leituras mais cálidas, coloca que as palavras moldam o nosso corpo. Como homens, são elas que nos humanizam (ou não). Nós somos diante do mundo um universo inteiro a ser descoberto. 

Mas é preciso não ter ilusão!

A correria do mundo levou do homem a capacidade de olhar à frente, ao lado. Há um "nãoseimportar" comendo a vida das pessoas. 

Preciso confessar que isso me aterroriza. Eu sou um ser de palavras. Elas me moldaram, mas não me fizeram cega, nem surda. Eu vejo e sinto as pessoas (e suas energias) nas suas palavras e nos seus silêncios. Me dói saber dos homens suas fraquezas, suas essências tão perversamente modificadas... 

A vida, às vezes, carrega azedume nas almas.

Algumas pessoas, diante do fel de suas fraquezas, descarregam na alegria da gente suas palavras forjadas a facão, seus silêncios de apagar caminhos.

Frente a isso, vários caminhos... 

Já não mais acreditando que "águas passadas não movem moinhos"... Movem o de muita gente que se prende a estes, a sua estrutura, a sua composição, ao seu movimento.

Meu moinho tem água nova, tem movimento de quem quer a alegria dos dias...sorriso na cara, verdade na alma. Diante de "palavras" e silêncios, sou nova lauda.

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