Obituários em tempos de internet



" Foi poeta, sonhou e amou na vida."
(Álvares de Azevedo, escritor brasileiro)

Que eu sou leitora, muitos sabem. Poucos sabem, no entanto, que sou uma leitora de obituários. Todos os dias, ao abrir o jornal, eu procuro as histórias perdidas, aquelas que jamais voltarão a ser notícia nas páginas do diário. 

Obituário, palavra derivada do latim obitus (falecimento), é o informe da morte de uma indivíduo. Quando se trata da morte de uma pessoa conhecida do público em geral, quando se trata da morte de alguém que realizou algo bem significativo - o obituário traz um longo resumo das realizações feitas em vida. A Zero Hora ainda apresenta estes tipos de texto.

Mas eu gosto dos simples comunicados. Na simplicidade é que a vida acontece. Neles a gente descobre a brevidade da vida. Neles a gente descobre o porquê da existência. Neles a gente descobre que nenhuma existência é em vão. Nos obituários, todo morto é herói. 

Em tempos tecnológicos, as páginas dos jornais noticiam velhas informações. O Facebook e o Twitter são informativos em tempo real. Todo mundo fica sabendo, com detalhes, sobre o ocorrido. 

Nas Redes Sociais, o obituário vira compartilhamento e a página do falecido um mural de homenagens. Nas Redes sociais, por segundos, a vida se eterniza. 

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