Se o Mundial fosse da Educação, qual país ganharia?

Em tempos de Copa do Mundo, todos nós nos perguntamos sobre que país tem os melhores atletas. Todos temos o nosso jogador preferido, o uniforme que nos agrada mais (em geral, o da nossa seleção), escolhemos ver determinados jogos de equipes que estão melhor articuladas, que têm mais técnica, mais arte dentro do campo. Todos nós temos nosso palpite sobre quem ganhará a Copa. 

Mas se o Mundial fosse da Educação, qual país ganharia?

As últimas pesquisas que apontam os ganhadores da Copa do Mundo da Educação são preocupantes. Os times que mais levantaram taças nos campos estão na linha do rebaixamento. Perderam ao longo da história posições importantes para vencer o campeonato. Hoje, somente uma renovação total na equipe permitiria avançar um pouco mais na tabela, mas ainda sem chances de concorrer as oitavas de final. Estamos mal no campo da Educação. Muito mal! Somos lanterna neste campeonato!

O PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - revela o nosso fracasso. Este programa desenvolvido e coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que avalia alunos na faixa de 15 anos, tem o objetivo de apontar indicadores, "que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país participante estão preparando seus jovens para exercer o papel de cidadãos na sociedade contemporânea"*. Neste jogo importante para a Copa do Mundo da Educação o Brasil ostenta as seguintes posições: em leitura e matemática, o antepenúltimo lugar, perdendo apenas para Colômbia e Argentina, e, em ciências, o penúltimo lugar, ganhando apenas da Colômbia. Uma tristeza para nossos países latino-americanos!

Se olharmos para a América Latina, veremos uma concentração importante de prêmios futebolísticos: Brasil, Argentina e Uruguai levantaram as taças do Mundial inúmeras vezes. Somos campeões nas canchas mas (ainda) perdedores nas salas de aula. Precisamos reverter este jogo urgentemente! Precisamos fazer do esporte mais um caminho para elevar a educação nos nossos países, como fazem os países desenvolvidos neste campo, onde os jogadores precisam estar estudando para participar de uma grande equipe esportiva. Já é tempo de avançar... de abandonar este espírito de "vira-lata", de colonizado... e começar rumo a autonomia, rumo a Educação.



*PISA: http://portal.inep.gov.br/pisa-programa-internacional-de-avaliacao-de-alunos 

Fonte da imagem: http://conseducbage.blogspot.com.br/  

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