Balanço de final de ano...

Estamos as vésperas de mais uma noite de Ano Novo. É tempo (sempre é tempo) de buscar nossas memórias mais sagradas, renovar nossas energias; tempo de fazer planos, de sonhar caminho e possibilidades; tempo de varrer as poeiras da nossa alma, de fazer o balanço de nosso estoque. 

No meu balanço 2014, está a certeza de que não somos feitos de eternidade, nossa materialidade é a efemeridade do tempo. Está a certeza, também, de que "se não pudermos amar, que não nos demoremos", como afirmou Frida Kahlo. A vida é curta demais para não vivermos a plenitude do amar, do viver - para sermos  (só) metade do que podemos ser.

Neste ano, o tempo levou muitas pessoas que foram completas, que viveram completamente, que acalentavam o meu coração por páginas e páginas a fio. O ano se foi nos levando García Márquez, Rubem Alves, Manoel de Barros, João Ubaldo Ribeiro, Ariano Suassuna. O tempo marcou distância entre mim e minha Vivi. Sem ela, meus dias não foram mais os mesmos e ficou um vazio imenso incapaz de descrever. O tempo marcou distância em tantos outros corações que conheço. Pais, irmãos que foram ser memória, assim como o velho Aroldo, meu pai, minha memória, minha lembrança e meu exemplo mais sagrado. 

Que 2015 seja tempo de viver melhor, de sermos melhores. De abandonarmos nossas miudezas, de sermos gigantes nos nossos pensares e sonhares - no amor. Que 2015 seja tempo de nos demorarmos no amor, de vivermos por inteiro nossa vida e compartilharmos nossa existência por inteiro com aqueles que amamos. Que 2015 seja tempo de semear coisas boas, assim como fizeram meu pai, Vivi, tantos pais e irmãos que nos deixaram em 2014, como fizeram nossos literatos amados. Que 2015 seja tempo de sermos nós, sem abrimos mão de nossos sonhos.

Feliz 2015 a todos!

Fonte: http://hdw.eweb4.com/search/flores/

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