Reflexões sobre o viver - parte 1
Toda vez que ligo a televisão perco um pouco de fé na humanidade. A televisão sangra. É noticia triste atrás de noticia triste.
Esta semana o mundo voltou-se para a França. Lá, o humor perdeu a graça após um atentado que matou doze pessoas. Doze vidas cheias de sonhos para 2015, sonhos estes que não se concretizarão.
Aqui, as coisas não são diferentes. As motivações é que são. E estas motivações levam planos, destroem famílias, aniquilam projetos. Estamos desaprendendo a conviver. Não sabemos mais como nos relacionar com as pessoas, é incrível. É por isso que insisto na frase: "precisamos nos humanizar urgentemente!" É o único caminho a meu ver.
Mas humanizarmo-nos requer que mudemos, também, nossa forma de viver, de estar no mundo (neste mundo!), de nos comunicarmos com o mundo, com as pessoas. Nós só evoluiremos como espécie na medida em que incorporarmos em nossas práticas algo que já compõe a nossa biologia: o amor. Mas este amor não é o amor romântico que já fez muitos e muitos jovens suicidarem-se séculos atrás. É o amor proposto nas formulações de Maturana. O amor como o respeito ao outro como legítimo outro na relação.
Existindo o respeito como componente primeiro de nossas ações, no nosso "linguajear" - a televisão ganhará mais espaço para coisas leves, para o prazer. Notícia triste pode até virar ficção. Que bom seria... que fosse a tristeza da violência apenas realidade em papel.
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