De abraços e adeus



Na rodoviária, o abraço estende-se no espaço
ancora, no corpo, a presença do outro
É cedo. É tarde.

Os peitos se afagam envoltos em braços, carinhos, em mãos e aconchegos.
É o corpo dizendo adeus.
É cedo. É tarde.

Da plataforma,
o relógio marca, em despedida,
os segundos da partida.

Partido segue o homem
Partida segue a paixão.

Na plataforma,
o abraço estende-se no espaço outra vez.
Já não é tarde. É cedo.
É tempo de ser dois.

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