Sonhar não custa nada

Em 1992, o carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel invadia a Sapucaí com o refrão "sonhar não custa nada e o meu sonho é tão real". Com letra de Dudu Nobre, a escola não foi a campeã daquele ano, mas deixou registrado o samba-enredo em nossa memória musical. Seguimos sonhando com sua melodia, com seu convite à vida.


O sonho sempre fez parte de minha existência. Sou declaradamente sonhadora. Sonhei escrever poesias,  publicá-las em livros, sonhei fazer faculdade, especializar-me, estudar no exterior. Sonhei encontrar um companheiro, ter paz de espírito, ter minhas coisas. Sonho em crescer profissionalmente, sonho aprender mais, sonho viajar, conhecer pessoas, fazer amizades, sonho manter as pessoas por perto, sonho ter meu lar, minha família... sonho ter minha casa, minha biblioteca, meu refúgio particular. Todos os dias me permito sonhar! O Sonho me alimenta!

Esta semana, selecionando material para minhas aulas na universidade, encontrei um curta-metragem argentino muito interessante. "El vendedor de Sueños"* nos mostra, em poucos minutos, o quanto as pessoas, acostumadas com as tarefas do dia-a-dia, acostumadas a seguirem a corrente, deixam de sonhar, tornam-se frias diante das possibilidades de realização, desacreditam. Dá o que pensar esta produção!  Pedrito, que segue o caminho de sua avó, acredita que vende sonhos. Ele convida os passageiros do transporte urbano de Buenos Aires a pararem apenas dez segundos para pensarem em seus sonhos. 

Esta semana, convidei minhas alunas a sonharem. Sonhamos juntas. Hoje, convido os leitores. Vamos, que custa? Apenas um sonho para este final de ano que se aproxima...para o próximo ano que virá. É preciso se permitir!

Afinal, em 1992, a mocidade não ganhou o carnaval, mas alimentou seu sonho durante quatro anos. Ela foi a grande campeã de 1996 com o tema "Criador e Criatura". Criemos hoje, então, para isso "deixe a sua mente vagar, não custa nada sonhar".


Google Imagem

*Curta-metragem: http://www.youtube.com/watch?v=0udJVDyC0M4

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