De liberdades e andorinhas
A vida sempre encontra um jeito de nos surpreender. Cada dia sempre estamos predestinados as surpresas das inesperadas volteadas de coxilha. Os ventos sopram e as coisas acontecem.
Na última semana, fui acometida de uma doença que jamais esperada ter aos trinta anos - caxumba. A danada foi chegando de mansinho, tomando conta do meu corpo e me colou de resguardo sete dias ininterruptos. Foram sete dias trancafiada em casa...
Eu nunca fico doente. Nunca sou de me queixar! Quando criança, cresci na liberdade das ruas (outrora) calmas da minha vila, corria invernadas imaginárias nas minhas fazendinhas de faz de conta. Eu sempre fui de voar. E a liberdade sempre foi a conquista mais almejada.
Ser livre é poder decidir o próprio destino, sendo protagonista e devedor das próprias decisões. É crescer do acaso inesperado; do trabalho objetivo; da vontade de ser gente grande. Ser livre é saber escolher recolher-se na calmaria das horas, na companhia de quem se ama... liberdade é não ter pressa pelo amanha!
A vida sempre encontra um jeito de nos surpreender, sempre encontra uma forma de nos colocar a par da história, da nossa história, dos caminhos que construímos, dos que escolhemos. Eis que ao chegar em casa meu companheiro apresenta o mais novo membro da família - um filhote de andorinha que se perdeu do ninho. Desconfio que haverá verão...
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