Maio, mês feminino



Para Maria, Elisangela, Maria Eduarda, 
Aline, Antonia, Djalma, Marcia e Brenda

Maio é um mês feminino. É um mês que se espraia poeticamente em "a". Quinto mês do calendário gregoriano, seu nome deriva de uma deusa romana, Deusa da Fertilidade. Outras versões, apontam a origem à deusa Maya, mãe de hermes, o mensageiro.

Independente de sua filiação etimológica, maio é o mês que me faz lembrar o quanto nós, mulheres, desenvolvemos um papel de fundação, de pilares fundamentais em nossas família, na história, na educação de forma geral.

Na literatura, Malinche foi figura fundamental para a concepção do primeiro mexicano. No Brasil, Iracema e seu filho Moacir - cruza de índio com português -  abriram espaço para nosso mito fundador da brasilidade: uma mistura em tons de terra, céu, sol, mar e idiomas. No sul, Imembui cumpre este papel literário de conceber a vida e o amor em tons de poesia. Ao lado de Morotin deu a luz ao primeiro santamariense. 

Na vida da gente encontramos também estes mitos fundamentais. A mãe da gente é este mito fundador dos nossos lações familiares. Da nossa vida! Minha família existiu primeiro no ventre de minha mãe, casa compartilhada entre mim e meus irmãos. Foi ela, a dona Maria, que preparou o espírito e abriu as portas do corpo para que existíssemos. Sem ela, nem Aroldo, nem Elisangela, nem Angelise. Dela, novas famílias dão vida a vida da gente. Com ela, novas mães agregam-se ao nosso universo feminino de gerar vida, o homem, o humano.

Maio é um mês feminino. É um mês que se espraia poeticamente em "a".

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